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Setembro Amarelo: é preciso falar sobre suicídio, pois identificadas as causas, é possível prevenir!

Ícone - Data de Publicação 11/09/2022      Ícone - Autor CDL BM



Foto - Setembro Amarelo: é preciso falar sobre suicídio, pois identificadas as causas, é possível prevenir!

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Setembro é o mês mundial da prevenção do suicídio, um movimento que teve início em 2015 no Brasil e esse mês é destinado a campanhas de conscientização para a prevenção do suicídio.  O setembro amarelo foi criado para informar e alertar a população, por meio da disseminação do conhecimento sobre o problema e dar subsídio para ações de prevenção do suicídio.

Suicídio é o ato deliberado, intencional, de causar morte a si mesmo; iniciado e executado por uma pessoa que tem clara noção ou forte expectativa de que o desfecho seja fatal e resulte em sua própria morte. O ato de se matar e anterior a ele, sempre vem repleto de sofrimento e desespero, onde o findar da vida é o refúgio da melancolia extrema.

Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, estatisticamente a somatória das mortes é maior que mortes por AIDS, malária, câncer de mama, guerras e homicídios, sendo a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, depois de acidentes de trânsito, tuberculoses e violência interpessoal. Em relação ao perfil epidemiológico, mais homens morrem por suicídio do que mulheres (12,6 por cada 100 mil homens, em comparação com 5,4 por cada 100 mil mulheres).

O Boletim epidemiológico do mistério da saúde calcula que entre 2010 e 2019, ocorreram no Brasil 112.230 mortes por suicídio, acréscimo de 43% no número anual de mortes, de 9.454 em 2010, para 13.523 em 2019 e a cada suicídio, há muitas pessoas fazem uma tentativa, e muitas outras estão pensando em praticá-lo. 

 

A coordenadora do Programa de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas de Barra Mansa, a psicóloga Maria Elvira da Cunha Franco Dias, destaca que um dos principais intuitos da campanha é informar às pessoas que “o suicídio não é um ato de coragem ou covardia, mas sim um ato que escancara a angústia, a dor psíquica, que é inerente ao homem, mas que quando falada, tratada pode ser apaziguada e transformada em atos produtivos e atitudes de qualidade de vida”.
Ainda conforme os dados mundiais, o suicídio acontece em qualquer idade, porém existe uma prevalência maior em adolescentes, jovens adultos e idosos. Estudos apontam que estes grupos possuem uma impulsividade que os levam a se colocarem mais em situações de risco (como uso de drogas), associados a falta de perspectiva psicossocial e laborativa.
Maria Elvira conta que mesmo o suicídio estando entre as principais causas de morte entre jovens, inclusive com aumento de casos a cada ano, ainda existe uma expressiva barreira para falar sobre o problema. Segundo a psicóloga, nos últimos três anos houve um aumento em torno de 30% de casos atendidos por sintomas de ideias suicidas na rede municipal.
Ela ressaltou que é importante o assunto ser discutido em todas as esferas da sociedade, incluindo família, unidades de saúde, escolas e até nas instituições de trabalho, uma vez que é nas relações sociais que o problema pode ser identificado, ajudado e encaminhado para tratamento.
“Entende-se que o indivíduo que possui ideias suicidas e chega ao ato em si não está pensando ou desejando a morte, o que ele deseja de fato é diminuir, extinguir ou fugir de sua dor psíquica, fugir daquela angústia insuportável. Assim, o suicídio está associado a transtornos mentais, com sintomas de ansiedade e/ou angústia exacerbada. O preconceito a respeito dos transtornos mentais, infelizmente ainda impede as pessoas de buscarem ajuda”, enfatizou Maria Elvira.

 

DADOS OMS
Segundo dados do OMS (Organização Mundial de Saúde), em um estudo realizado com mais de 15 mil pessoas que se suicidaram, constatou-se que 96,8% das pessoas possuíam algum transtorno mental, entre eles:  depressão, transtornos do humor, transtornos relacionados ao uso de substâncias, esquizofrenia, transtornos de personalidade e transtornos de ansiedade. Outros fatores de risco, cerca de 3,6% são o bullying, situação atual ou histórico de violência, história de abuso sexual, populações vulneráveis que sofrem pressões sociais e discriminação (LGBTQIAP+, indígenas e negros) e pessoas em situação de rua, associadas a fatores comportamentais e situacionais2.

Um dos principais pilares para a prevenção é o acolhimento. 
Após a identificação dos fatores de risco, é necessário a procura de ajuda de profissionais de saúde especializados para garantir a segurança das pessoas com risco de suicídio. 

 

A CDL Barra Mansa apoia a campanha Setembro Amarelo e acredita na propagação de informações corretas e seguras para que mais pessoas sejam alcançadas e busquem ajuda junto aos CVVs de suas cidades e as instituições de apoio.

 

Fonte sobest.com.br e PMBM





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