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02/09/2019 Thais Mattos
Segundo pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Familiares Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata), 66% das pessoas conhecem alguém com depressão severa, e 41% afirmam terem conhecido alguém que cometeu suicídio.
Se para quem vive esta realidade pode ser difícil entender e falar sobre seus sentimentos, para os que estão de fora, é ainda mais desafiador. É imprescindível que, ao tratar de um assunto delicado como este, as pessoas saibam a melhor forma de disseminar informações de maneira sensível e responsável.
Celso Lopes de Souza, psiquiatra, educador e fundador do Programa Semente – programa estruturado de aprendizagem socioemocional –, o primeiro erro com relação ao tema do suicídio é não falar sobre ele.
Suicídio é coisa séria
A Organização Mundial da Saúde aponta que o suicídio é a segunda causa de morte que mais atinge os jovens de 15 a 29 anos no mundo. Além disso, só no Brasil, uma pessoa comete suicídio a cada 45 minutos.
Não precisa ter medo de falar sobre suicídio
“Já está mais do que comprovado que falar sobre o assunto não agrava a situação, muito pelo contrário, pode ajudar a tratar as pessoas que tenham essa intenção”, diz o psiquiatra Celso.
Segundo o levantamento do Ibope, o pensamento suicida não é levado a sério entre 28% dos homens e 32% das pessoas acima de 55 anos. Celso explica que as pessoas que tem ideação suicida vivem os 3 “is”: “sentem que a dor é impossível, insuportável e interminável, o que leva ao desejo de querer tirar a própria vida. Elas claramente não conseguem perceber sozinhas que esses "3i's" são distorções de percepção da realidade, por isso precisam de ajuda”.
É possível prevenir o suicídio
Falar sobre os sintomas que podem surgir antes e durante uma intenção de suicídio é fundamental para que a pessoa busque ajuda. “Sinais como isolamento, corte de planejamentos futuros, uso de substâncias psicoativas e mensagens de despedida são alguns pontos que devem ter atenção especializada”, explica ainda o psiquiatra. Também há como prevenir os distúrbios psiquiátricos por meio da aprendizagem socioemocional, em que crianças e adolescentes aprendem na escola sobre empatia, resiliência, autoconhecimento e autocontrole, por exemplo.
As campanhas de prevenção são fundamentais.
O Setembro Amarelo é uma oportunidade de conscientizar as pessoas e promover a discussão sobre o tema do suicídio e mostrar que sempre há uma saída e, segundo, tudo passa.
A CDL de Barra Mansa está engajada na campanha de conscientização e durante todo o mês de setembro a equipe da entidade utilizará uma fitinha amarela em seu uniforme.
Sim, todos podem ajudar, todos podem ouvir, todos podem falar para que vidas sejam salvas!
Fonte: Metro Jornal
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