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23/11/2017 CDL Barra Mansa
Que o mercado tem mudado radicalmente com a revolução digital, todo mundo sabe. O que vai acontecer com as pequenas empresas em meio a estas mudanças, é o que todos querem saber. Este foi o tema recorrente no III Fórum Nacional do Comércio, realizado em Brasília em outubro.
Gustavo Caetano, um dos maiores e mais divertidos nomes da nova geração do empreendedorismo, chamou a atenção para as oportunidades de negócio que se abrem na solução de problemas simples do dia-a-dia: “Se tem alguém com problemas em fazer algo, encontre uma maneira de resolver e ganhe dinheiro com isso!” destaca o criador da Samba Tech, uma das empresas brasileiras mais bem sucedidas no mercado de inovação. Neste ponto o pequeno empreendedor tem ampla vantagem frente às grandes empresas. Principalmente porque ele convive com o cliente e o varejo todos os dias. Pode perceber novas demandas quando elas estão acontecendo.
O grande problema é que a maioria das pessoas acaba fazendo tudo como antes, “simplesmente porque sempre foi assim”. As gigantes da comunicação, por exemplo, hoje passam por sérios apertos financeiros por conta do WhatsApp, criado por Jan Koum: Um ucraniano que chegou aos Estados Unidos aos 16 anos de idade, filho de um pedreiro e uma babá, que trabalhava em um fast-food e recebia ajuda do serviço de assistência social dos Estados Unidos, um “bolsa família” americano. Junto ao seu amigo Brian Acton, eles criaram um aplicativo para conversar de graça, sem propaganda pra encher a paciência. Algo simples, que todo mundo queria mas ninguém havia feito. O resto da história, todo mundo conhece.
Outra dica importante é procurar manter a empresa “leve” em suas operações e custos. A operadora Vivo , por exemplo, possui cerca de 12 mil pessoas em seu Call Center em todo o país. Já o WhatsApp, muito mais leve financeiramente, não tem call center... Não existe. É uma empresa assim que está dando dor de cabeça às operadoras de todo o mundo.
A grande questão é que a maioria dos varejistas age hoje da mesma forma que há 5 ou 10 anos atrás. Suas empresas foram perdendo valor e aí a única opção que resta é a guerra de preços. E quando eles pensam nos seus negócios, o foco é sempre “como se manter no mercado” com base no caminho que a loja já percorreu. Prever o futuro olhando para o passado é o mesmo que dirigir um carro olhando apenas para o retrovisor. Para inovar, é preciso deixar de lado os velhos hábitos e buscar oportunidades com base no que não foi feito antes. Isso parece uma redundância, mas é moeda comum na maioria das empresas hoje.
Ao final o fórum foi encerrado por Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda. Com uma abordagem bem me nos informal, mas ainda sim bastante clara e franca, Meirelles falou sobre a transição econômica em que vivemos, onde o país deixa o período de crise intensa e dá os primeiros sinais de retomada do crescimento. “É importante que o empresário volte a investir para que este movimento reaqueça a economia” destaca.
O Fórum Nacional do Comércio acontece a cada dois anos e é uma boa oportunidade de reflexão e troca de experiências entre varejistas e prestadores de serviço de todo o país. Uma iniciativa da Confederação Nacional do Comércio Lojista e das federações de CDLs de todos os estados.
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