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A capacidade dos empreendedores de se reinventarem

Ícone - Data de Publicação 04/05/2020      Ícone - Autor CDL BM



Foto - A capacidade dos empreendedores de se reinventarem

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“As principais lições que a crise deixa para o empreendedor brasileiro são: a importância do planejamento, da qualificação da gestão e do investimento em inovação”, diz Carlos Melles, presidente do Sebrae Nacional. Leia a matéria,

Em entrevista, Carlos Melles, atual presidente do Sebrae Nacional - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, falou sobre a capacidade dos empresários se reinventarem e divulga dados e novas formas de negócios que o mercado tem tido nos últimos tempos.

Carlos afirmou nunca ter presenciado uma crise com o alcance e magnitude da atual pandemia da Covid-19. 
Das 6,5 milhões de empresas classificadas como MPEs, 25% a 30% podem fechar nos próximos meses em decorrência da incapacidade de se manter sem faturamento, algo jamais visto na história do País, segundo ele. 
“Antes mesmo da crise, identificamos que 25% das empresas já não vinham bem, 50% estavam estáveis”, afirma o executivo, referindo-se a um recente levantamento feito pelo Sebrae com parte de seus associados.
Mas, apesar do cenário pouco animador, Melles se diz otimista com a superação da pandemia. “As micro e pequenas estão demonstrando uma incrível capacidade de se adaptar, de se reinventar e até de aumentar suas vendas”, afirma.


Pequenos Negócios
Há um movimento claro na sociedade em que os pequenos negócios estão sendo mais valorizados. Estudos do Sebrae comprovaram que, na primeira semana de abril, quase 88% dos empresários ouvidos afirmaram que seu faturamento havia caído, com perda de 75%, em média. A estimativa é que as empresas conseguiriam permanecer fechadas e ainda assim ter dinheiro para pagar as contas por mais 23 dias, pela expectativa média dos entrevistados. A situação financeira das empresas já não era considerada boa pela maioria dos pequenos negócios, e 73% disseram que era razoável ou ruim, mesmo antes da chegada da pandemia. Essa mesma pesquisa mostrou que mais de 62% dos negócios interromperam temporariamente as atividades ou fecharam as portas definitivamente. Entre os 38% que continuam abertos, a maioria mudou o seu funcionamento, passando a fazer apenas entregas, atuando exclusivamente no ambiente virtual ou adotando horário reduzido.

 

O que as empresas precisam fazer para não falir?
Pelas previsões das autoridades de saúde, as medidas de isolamento social ainda devem permanecer em vigor por mais algum tempo, na maioria das grandes cidades brasileiras. Desse modo, segundo Carlos Melles, continuam valendo as orientações que o Sebrae vem dando desde a chegada da pandemia ao Brasil. A principal delas é priorizar, de todas as formas, o equilíbrio do fluxo de caixa. “O ponto de partida para qualquer empresa, nesse momento, é fazer uma análise cuidadosa das despesas de modo a poder avaliar a viabilidade de manter o negócio em operação, fechar as portas ou restringir as atividades ao nível que for possível, de acordo com o faturamento atual. Nesse sentido, negociar é a palavra de ordem. Vale negociar melhores prazos e valores adequados com fornecedores, condições mais vantajosas de pagamento de empréstimos junto aos agentes financeiros, prazo de entrega ou antecipação de pagamento com os clientes, aluguel do espaço físico da empresa, entre outras medidas”, diz o presidente do Sebrae Nacional.
 

Criatividade nos negócios
As empresas devem buscar formas alternativas para gerar qualquer tipo de receita. Os donos de pequenos negócios estão usando da criatividade para estar em contato com seus clientes e encontrar soluções inovadoras para vender seus produtos e serviços. 
"Vamos ter um ano marcado por uma gigantesca retração do consumo, desemprego e queda no PIB das principais economias do mundo. Mas acredito que a partir de agosto começaremos a ter uma reação e chegaremos ao fim do ano com a volta da normalidade.
O que se espera é que as medidas de socorro que os governos estão adotando em vários países sejam capazes de assegurar a sobrevivência dos pequenos negócios de modo que possamos ter, em 2021, uma retomada."
 

Mudanças que ficarão no varejo
O presidente do Sebrae ainda reforça: “Esse período de isolamento, as pessoas estão tendo de fazer compras em domicílio e esse processo de transformação digital não vai retroceder. Se, de alguma maneira, as empresas ainda resistiam à transformação digital dos negócios, elas tiveram de se adaptar agora, mesmo que a fórceps."
 

Lições da crise
“As principais lições que a crise deixa para o empreendedor brasileiro são: a importância do planejamento, da qualificação da gestão e do investimento em inovação”, conclui Carlos Melles, presidente do Sebrae Nacional

Fonte: Revista Isto É Dinheiro 
 





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